sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Hipnose e Terapia Cognitivo Comportamental

Há comprovação científica de que a hipnose pode potencializar a terapia cognitivo-comportamental (TCC) em psicoterapia.

A TCC se concentra em oferecer ao cliente uma nova gama de habilidades conscientemente. Mas, muitas vezes, embora as pessoas tenham as capacidades, acham difícil aplicá-las.

A maioria enfrenta um conflito interno entre o que decidiu fazer (desenvolver e aplicar conscientemente habilidades) e seu comportamento automático ou hábitos existentes (subconsciente). Isso torna a aplicação dessas habilidades muito cansativa.

Como a hipnose lida com o subconsciente, ela  também ajuda atuando como um veículo para integrar essas habilidades com o subconsciente, tornando assim a aplicação dessas habilidades mais natural e eficaz.

A experimentação e o ensaio da aplicação dessas novas habilidades podem ser feitos no subconsciente durante a hipnose, que também pode ajudar a melhorar a lição de casa, as tarefas de terapia e os aspectos experimentais cruciais na TCC, pois podem ser semeados e reforçados no subconsciente.

No caso de pensamentos automáticos, a hipnose pode ser usada para pausar ou desacelerar os pensamentos que ocorrem dentro da mente (por meio de sugestões), para que as tomem consciência deles.

Tendo identificado os padrões de pensamento inúteis do cliente, a hipnose pode ajudar ainda mais, adicionando uma dimensão de flexibilidade na percepção e no comportamento que pode auxiliá-lo a repensar as coisas de uma maneira muito mais saudável.

A hipnose também pode ajudar criando um grau de desapego dos pensamentos e sentimentos que permite ao indivíduo observar esses pensamentos e sentimentos como alguém de fora (terceira pessoa).

Isso o ajuda a ver que ele não é seus pensamentos e sentimentos, o que facilita desafiá-los e outras crenças inúteis.

Em vez de tentar fazer novas associações no nível consciente, o que geralmente exige muito esforço e repetição antes que elas se tornem automáticas (subconscientes), a hipnose pode ser usada para criar associações diretamente no nível subconsciente.

Como o subconsciente também dirige o sistema nervoso autônomo, responsável por todas as ações involuntárias do como respiração, batimentos cardíacos, funções linfáticas, crescimento, reparo e substituição de células mortas e moribundas etc., a hipnose pode agregar um grande valor ao tratar de problemas de trauma físico e melhorar a saúde física e o bem-estar geral.

Em suma, a hipnose pode ser muito útil na TCC ao tornar as terapias mais breves e ainda mais eficazes; identificar problemas e crenças profundas com mais facilidade; ajudar com a catarse, ou seja, liberar as emoções negativas intensas pode se tornar mais fácil e rápido.

A hipnose também contribui para desafiar ou contestar as cognições do cliente com menos resistência; identificar e observar padrões de pensamentos automáticos e não conscientes; e criar mudanças em comportamentos automáticos e estados emocionais com muito mais facilidade.

Ajuda, ainda, a lidar com memórias traumáticas reprimidas e a estabelecer relacionamento e confiança entre terapeuta e cliente.
 
Referencia: Benomy Silberfarb. HIPNOTERAPIA COGNITIVA - A importância da Hipnose em psicoterapia, 2020

 

O que é Mito e o que é Verdade na Hipnose

De acordo com a Sociedade Americana de Psicologia, a hipnose é um estado de consciência que envolve atenção focada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. É um estado mental  ou um tipo de comportamento levado pela indução hipnótica, composto por instruções preliminares e sugestões.

A hipnose é reconhecida pela ciência? 

Verdade!

Apesar de muitos estudos anteriores já sugerirem a eficácia da hipnose, a ferramenta só passou a ser oficialmente aceita pela ciência em 1997. Hoje, outros estudos e experimentos já podem comprovar que hipnose funciona em inúmeros problemas e situações cotidianas.  

Hipnose é a mesma coisa que estado do sono? 

Mito!

Hipnose não é a mesma coisa que o estado do sono. Afinal, as duas coisas utilizam estados de consciência totalmente distintos. Para se ter ideia, não somos capazes de controlar nossos pensamentos enquanto dormimos, já durante uma sessão de hipnose, o indivíduo participa com foco e concentração daquilo que está acontecendo. 

A hipnose pode ser usada como terapia? 

Verdade!

A hipnose funciona também quando utilizada para fins terapêuticos, neste caso chamada de hipnoterapia. A sessão sugere que o paciente seja induzido a outro estado de consciência, com intuito de conduzi-lo com sugestões de autoconhecimento, mudanças comportamentais, entre outros.

Vou ficar preso no "transe”? 

Mito!

Apesar da profunda sensação de relaxamento, a pessoa hipnotizada está consciente, podendo sair do estado de transe a qualquer hora que quiser.  

Todas as pessoas podem ser hipnotizadas? 

Verdade!

Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que para ser hipnotizado é necessário estar com a mente aberta e suscetível para isso. Afinal, caso a pessoa não tenha nenhuma perturbação psíquica ou deficiência cognitiva, ela poderá ser hipnotizada. 

Posso falar algo que não gostaria durante uma sessão?

Mito!

As pessoas só fazem aquilo que elas realmente querem ou estão confortáveis para fazer.  

A hipnose pode tratar vícios e fobias? 

Verdade!

É importante saber que uma pessoa com vício em determinada droga, possui uma dependência psicológica e emocional, o que faz com que a droga seja uma recompensa para alguma coisa. 

Hipnoterapia é a mesma coisa que hipnose de palco?

Mito!

A hipnose terapêutica tem como foco identificar e tratar os sintomas de um determinado problema, sendo utilizada em processos de tratamento, bem-estar e qualidade de vida

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Terapia Cognitivo Comportamental Infantil

É justamente durante a primeira infância que as emoções humanas estão se desenvolvendo, assim como a personalidade da pessoa. A terapia cognitivo-comportamental se apropria de técnicas e de linguagens não verbais que fazem parte do ambiente lúdico infantil. O terapeuta ajuda a criança a ser ativa em seu próprio processo de elaboração psíquica. Toda criança precisa saber identificar suas próprias emoções e as emoções daqueles que o cercam. Essa habilidade, quando trabalhada em conjunto com estratégias de comunicação, colabora para a construção de relações interpessoais mais saudáveis ao longo da vida. 

Em geral, as consultas de TCC são estruturadas e possuem foco no tempo presente. Além disso, o psicólogo usa recursos como desenhos, jogos e brincadeiras que ajudem a acessar o imaginário da criança. Finalmente, a abordagem e a intervenção educativa com os pais é a parte mais importante do tratamento. Por isso, o terapeuta tenta identificar quais são as dificuldades vivenciadas naquele momento pela criança; eventos importantes de sua infância; qual a percepção que o indivíduo tem de si mesmo e do outro. Igualmente, crenças, estratégias de recompensa e expectativas da família em direção a ela também têm relevância no processo terapêutico. Participando da psicoterapia, o pai e a mãe passam a compreender melhor qual é de fato seu papel na educação da criança e como podem oferecer um ambiente seguro, em que o filho se sinta à vontade para falar sobre seu sentimentos e dificuldades.

Alguns padrões específicos de comportamento infantil e algumas condições psiquiátricas se beneficiam mais da psicoterapia, entre elas:

  • criança birrenta;
  • fobia social;
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
  • Transtorno Desafiador Opositor (TDO);
  • criança ansiosa ou deprimida;
  • criança com transtornos alimentares; 
  • Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • dificuldades de aprendizagem.

Psicoterapeutas utilizam-se de um baralho das emoções, que ajuda a criança a identificar como está se sentindo.Outra opção é o relógio dos pensamentos-sentimentos: a criança desenha um relógio e, no lugar dos números, estão rostos que representam as emoções. Outra técnica conhecida é a da máscara do herói para a resolução de problemas. O paciente constrói uma máscara estampada com a imagem de um herói ou personagem à sua escolha. 

Histórias que contam situações análogas às que a criança está vivendo são muito úteis na TCC, porque ajudam a criar identificação com o personagem e, assim, fazem a criança pensar sobre o que está sentindo. 

A meditação, o treinamento da respiração diafragmática e técnica do relaxamento progressivo são utilizadas principalmente em pacientes ansiosos.

A exposicao graduada  útil em crianças com traumas e fobias a determinadas situações. A ideia, portanto, é expô-la gradualmente aos estímulos que ela não tolera, mostrando que ela está segura e que é capaz. 

Uma atividade chamada balança de vantagens e desvantagens ajuda indivíduos indecisos e inseguros no que tange à tomada de decisão. 

Gostou? Procure um terapeuta infantil para seu filho. 

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Síndrome de Burnout

 


Se caracteriza por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento mental e físico, resultante de situações de trabalho desgastantes e abusivos. 

👉🏼 Cansaço excessivo mental e físico

👉🏼 Dor de cabeça frequente

👉🏼 Alterações no apetite e problemas gastrointestinais

👉🏼 Insônia

👉🏼 Dificuldade de concentração

👉🏼 Sentimentos de menos valia

👉🏼 Isolamento

👉🏼 Fadiga

👉🏼 Dores musculares

👉🏼 Pressão alta

👉🏼 Alterações cardíacas


▫️Dentre os malefícios resultantes desta síndrome, está a possibilidade da depressão profunda, por isso sendo essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.



segunda-feira, 25 de abril de 2022

Alienação Parental (lei 12.318/2010)

 👉 Mas afinal, o que pode ser considerado alienação parental❓ 


O artigo 2º da Lei 12.318/2010 considera ato de alienação parental toda interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos pais, pelos avós ou por qualquer adulto que tenha a criança ou o adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância.






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A legislação ainda destaca algumas formas de alienação parental:

🔹 Fazer campanha contra as atitudes do(a) genitor(a)

🔹Dificultar o exercício da autoridade

🔹Dificultar o contato de criança ou adolescente com o(a) genitor(a)

🔹Dificultar o exercício de convivência familiar

🔹Omitir informações pessoais relevantes sobre a criança ou o adolescente

🔹Apresentar falsa denúncia contra genitor a familiares

🔹 Mudar para local distante, sem justificativa

 


quarta-feira, 23 de junho de 2021

Resolução CFP 013/2000 Aprova e regulamenta o uso da Hipnose como recurso auxiliar de trabalho do Psicólogo.



O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971 e;

CONSIDERANDO o valor histórico da utilização da Hipnose como técnica de recurso auxiliar no trabalho do psicólogo e;

CONSIDERANDO as possibilidades técnicas do ponto de vista terapêutico como recurso coadjuvante e;

CONSIDERANDO o avanço da Hipnose, a exemplo da Escola Ericksoniana no campo psicológico, de aplicação prática e de valor científico e;

CONSIDERANDO que a Hipnose é reconhecida na área de saúde, como um recurso técnico capaz de contribuir nas resoluções de problemas físicos e psicológicos e;

CONSIDERANDO ser a Hipnose reconhecida pela Comunidade Científica Internacional e Nacional como campo de formação e prática de psicólogos,

RESOLVE:

Art. 1º - O uso da Hipnose inclui-se como recurso auxiliar de trabalho do psicólogo, quando se fizer necessário, dentro dos padrões éticos, garantidos a segurança e o bem estar da pessoa atendida;

Art. 2º - O psicólogo poderá recorrer a Hipnose, dentro do seu campo de atuação, desde que possa comprovar capacitação adequada, de acordo com o disposto na alínea "a" do artigo 1º do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Art. 3º -  É vedado ao psicólogo a utilização da Hipnose como instrumento de mera demonstração fútil ou de caráter sensacionalista ou que crie situações constrangedoras às pessoas que estão se submetendo ao processo hipnótico.

Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5° - Revogam-se as disposições em contrário.


Hipnose como Recurso na Terapia Cognitivo-Comportamental



A Terapia Cognitivo-Comportamental é um tipo de psicoterapia que se preocupa com o aqui e o agora.

Apesar de reconhecer que coisas que aconteceram no passado fazem parte da maneira em que a pessoa pensa, sente e se comporta, foca-se mais nesses pensamentos e comportamentos atuais.

Faz-se uma análise do passado para compreender esses padrões. Estes podem ter sido aprendidos na infância, ou foram crenças errôneas que, hoje, influenciam em determinado comportamento.

Portanto, a Terapia Cognitivo-Comportamental quer identificar e corrigir essas formas inadequadas de pensar. Pretende criar melhores emoções e jeitos mais eficazes de se lidar com os problemas e as angústias do agora e do futuro.

As emoções e os comportamentos vem da percepção individual dos eventos. Não da situação em si, mas da interpretação dela.
Existem 3 características dessa terapia que fundamentam a maneira como funciona. São elas:

O pensamento (ou cognição) influencia a emoção. E assim, o comportamento;O pensamento pode ser monitorado e modificado;Ao alterar o pensamento, pode-se, também, alterar o comportamento para algo mais desejável.

Logo, são os pensamentos que levam à emoção, e, consequentemente, ao comportamento. E podem ser tão rápidos a ponto do nosso humor mudar e não sabermos o porquê.

A hipnose não é um tipo de terapia. Mas ela é uma técnica que, aliada a diferentes tipos de terapia. 

Em especial à TCC, uma vez que a hipnose atua em níveis cognitivos mais profundos — no subconsciente.

É usada de forma complementar com a análise comportamental de muitos comportamentos relacionados à cognição: para o controle da dor, tratamento de transtornos, mudança de hábitos, ou para melhorar o funcionamento psicológico (como autoconfiança), no geral.

Usando a hipnose, o terapeuta consegue, em apenas uma sessão, fazer com que seu paciente consiga vencer uma fobias, traumas, etc. 

O uso da hipnose, aliada à Terapia Cognitivo-Comportamental, reduz o tempo de terapia e aumenta o efeito do tratamento de transtornos mentais.

Ela acessa os pensamentos, as crenças e as lembranças que deram origem a esses transtornos e permite que o paciente reestruture essas ideias e resolva-as mais rápido, justamente por atuar em um nível mais profundo

O nível mais profundo é resultado de estados de transe natural que desbloqueiam pensamentos inconscientes. Assim como permite que o indivíduo acesse memórias internas.

A hipnoterapia cognitiva dá à pessoa uma percepção diferente de sua realidade. Não há estresse, causa bem estar físico, facilita o acesso a processos internos e a modificação desses.

A utilização da hipnose é aprovada e regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia como recurso auxiliar no trabalho do psicólogo (CFP 013/2000).

Fonte:
Caballo, Vicente. Manual de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. São Paulo: Santos, 2011




segunda-feira, 12 de abril de 2021

NOVO ENDERECO: VÍNCULO ESPAÇO TERAPEUTICO PREMIUM

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domingo, 28 de março de 2021

Um Ano de Pandemia da Covid-19: Os Impactos na Saúde Mental das Crianças e Adolescentes

 

Caracterizar o Covid-19 como uma pandemia não é uma indicação de que o vírus se tornou mais mortal. É sim um reconhecimento da propagação geográfica da doença.

O “novo normal” – termo que popularizou e que retrata as medidas de afastamento e distanciamento sociais, uso de máscaras, álcool em gel e sanitização de alimentos devido aos impactos do coronavírus, ou seja, medidas de um novo padrão que podem garantir a sobrevivência humana nos força a conviver em um ambiente hostil e incerto que o vírus trouxe, ao mesmo tempo em que nos testa a resiliência, a abertura a mudanças, o autoconhecimento e a colaboração.

Pelo menos 1 em cada 7 crianças teve sua saúde mental afetada pelo confinamento, com sintomas como ansiedade, depressão e isolamento, informa o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). 

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), agência da ONU responsável por acompanhar e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo, a pandemia da COVID-19 já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países – o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta.

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que, no mundo, a depressão entre crianças na faixa dos seis aos 12 anos saltou de 4,5% para 8% na última década. O crescimento alarmante leva à outra consequência: o aumento dos suicídios. Informações da Secretaria de Gestão de Trabalho e de Educação na Saúde do Ministério da Saúde revelam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens brasileiros de 15 a 24 anos de idade. O período da pandemia alterou significativamente a rotina das crianças e adolescentes, fator que coloca a saúde mental em risco. O tempo de tela aumentou, a rotina do sono e da alimentação foi prejudicada, a prática de exercícios e atividades fora de casa foi limitada e o conflito familiar cresceu. Tudo isso gera trauma e, no pós-covid, pode ser um fator de risco importante para a piora da saúde mental. 

O distanciamento social e as alterações da psicologia infantil marcadas por estresse psicológico, ansiedade, medo, preocupação têm acentuado ou feito surgir adversidades funcionais ou comportamentais nas crianças, como mostra os dados do Comitê Científico Núcleo Ciência pela Infância: 36% de dependência excessiva dos pais; 32% de desatenção; 29% de preocupação; 21% de problemas no sono; 18% de falta de apetite; 14% de pesadelos; e 13% de desconforto e agitação.

Ainda de acordo com os documentos da OMS, a busca por atendimento especializado em saúde/saúde mental deve ocorrer em situações nas quais o sofrimento seja muito intenso e persistente, associado a pensamentos ou conduta suicida, sintomas psicóticos ou abuso recorrente de substâncias. Se por um lado é informado que os transtornos psiquiátricos imediatos mais comuns são a depressão e as reações de estresse agudo transitórias, e as mais tardias podem incluir, além da depressão e do uso prejudicial de substâncias, o transtorno do estresse pós-traumático, os transtornos de adaptação e quadros psicossomáticos; por outro lado, há a preocupação com a medicalização do mal-estar e do cuidado. Aqui habitamos a zona cinzenta situada entre a normalidade e a patologia, entre o sofrimento individual e o social.

As crianças com deficiência, especificamente, estão expostas a um maior risco de contaminação pelo vírus por diferentes motivos, como por exemplo: - dificuldades de implementar medidas básicas de higiene, como a lavagem das mãos (pias e lavatórios podem ser inacessíveis);- impossibilidade de manter o distanciamento social, dada a necessidade de apoio contínuo para atividades da vida diária;- possíveis condições de saúde preexistentes relacionadas à função respiratória, ao sistema imunológico, ao coração, dentre outras;- uso de tecnologias assistivas, como cadeiras de rodas, bengalas e outras, somado à assistência de terceiros para direcionamento e transferências, por exemplo, aumentando a exposição ao risco de contágio;- barreiras no acesso à informação sobre medidas de prevenção e de enfrentamento (ausência de recursos de audiodescrição, libras, legendas, linguagem simples, meios e formatos pouco acessíveis nos materiais de divulgação).

Dentre as reações emocionais e alterações comportamentais frequentemente apresentadas pelas crianças durante a pandemia, destacam-se: dificuldades de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação. 

Destaca-se também que nesse momento, o uso das telas (TV, smartfones, tablets, computadores) tem sido um aliado importante na manutenção dos laços sociais e afetivos das crianças. Embora o tempo diante de telas precise ser observado, e seja necessário garantir a adequação e a qualidade do conteúdo, há de se ter mais flexibilidade em seu uso. A Sociedade Brasileira de Pediatria que  oferece parâmetros para o uso de telas fora das situações de crise, indica que o tempo diário seja adequado à idade da criança, devendo-se desencorajar a exposição passiva. Tais recomendações não se aplicam aos casos de crianças não-verbais, que fazem uso da tecnologia como recurso de comunicação suplementar aumentativa. Nestes casos, o livre acesso deve lhes ser garantido, cuidando para que possam brincar também com menor necessidade das telas. 

Estima-se que a idade da criança também interfere na forma como ela reage à pandemia. As crianças menores, por serem mais dependentes dos pais, vão lidar com a pandemia muito em função de como os pais estão lidando e como o ambiente está organizado. As crianças maiores sentem falta dos amigos. Elas já têm capacidade maior de compreensão de uma forma autônoma, muitas vezes não completamente adequada, ou de uma forma não completamente realista, e podem interpretar de forma mais catastrófica algumas situações. 

Uma vez que o fechamento das escolas é um desafio para as famílias encontrarem uma forma de conseguir lidar com a disponibilidade e/ou condição adequada para garantir o estudo das crianças, constata-se um risco maior de prejuízo à formação educacional infantil. Além disso, faz-se essencial ressaltar que, na primeira infância, não é recomendado o ensino a distância, por questões de saúde e pedagógicas e de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso de telas não é recomendado para menores de dois anos e para as crianças com idade entre 2 e 5 anos é indicado o máximo uma hora por dia. Outrossim, a aplicação do ensino à distância para criança contraria a Base Nacional Comum Curricular, visto que a mesma reforça a ideia de que a criança aprende por meio de experiências lúdicas, concretas e interativas, e virtualmente isso não é possível. 

Acredita-se que a retomada das aulas presenciais ou híbridas pode ser benefica para a saúde mental e desenvolvimento infantil, desde que garantidas as medidas de segurança aos alunos e profissionais da educação. Cada família deve avaliar essa possibilidade.


Ainda pode-se levar em consideração que nem todas as crianças terão acesso a esse tipo de ensino uma vez que de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) (2017) apenas 31% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública têm acesso a computador/tablet e acesso com banda larga. Posto isto, crianças que vivem numa família em situação de pobreza além de sofrerem com as faltas de recursos adequadas ainda passam pelas aflições comuns de toda a sociedade.


Nesse sentido, conforme estudo de pesquisadores ingleses, a comunicação efetiva dos pais e dos cuidadores com as crianças baseada na idade e na capacidade de compreensão particular do infante mostra evidências positivas. Nesses âmbitos, estudos apontam a importância para a saúde e o bem-estar da criança proporcionados por diálogos que buscam escutar e entender os sentimentos e a percepção infantil da doença COVID-19 acerca de assuntos como transmissão do vírus. Uma vez que principalmente as crianças pré-escolares apresentam um conhecimento mais fantasiado, uma interpretação pessoal infantil pode repercutir com uma manifestação de estresse emocional marcado pelo medo desnecessário.


Por um longo tempo é possível que os efeitos gerados da pandemia persistirão no Brasil e serão refletidos no quantitativo e no qualitativo, da saúde, do desemprego, no desenvolvimento infantil, em especial em relação a parte da população menos favorecida.

REFERENCIAS:

https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/os-impactos-psicologicos-do-ensino-a-distancia/

https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/05/crianc%cc%a7as_pandemia.pdf

https://www.scielosp.org/article/physis/2020.v30n2/e300214/

https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/643/as%20implicacoes%20da%20pandemia%20da%20covid-19%20na%20saude%20mental%20e%20no%20comportamento%20das%20criancas

sábado, 19 de setembro de 2020

Setembro Amarelo: Dados Sobre Tentativas e Mortes Por Suicidio

            Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) o comportamento suicida inclui o suicídio consumado (um ato intencional de autoagressão que resulta em morte) e a tentativa de suicídio (um ato de autoagressão cuja intenção é a morte, que acaba não ocorrendo. Uma tentativa de suicídio pode ou não resultar em lesão). Pensamentos e planos suicidas são chamados de ideação suicida.
 
                O Movimento Setembro Amarelo é uma campanha brasileira com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os problemas relacionados ao suicídio e sua prevenção. Foi criada em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida, CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). É importante lembrar que dados da OMS de suicídios, sao números e não representam a totalidade de tentativas de suicídio, pois, para cada suicídio que ocorre, estima-se que três outras tentativas são feitas, assim, muitas delas não se concluem.
 
                    A automutilação não suicida é também um ato de autoagressão que não tem o intuito de resultar em morte. Tais atos incluem a realização de arranhões nos braços, queimar a si mesmo com um cigarro e tomar uma dose excessiva de vitaminas. A automutilação não suicida pode ser uma maneira de reduzir a tensão ou pode ser um pedido de ajuda por parte de pessoas que ainda têm vontade de viver. Esses atos não devem ser menosprezados.

                   Informações sobre a taxa de suicídios são dadas, principalmente, por certidões de óbito e por investigações judiciais. A taxa real é provavelmente subestimada. Ainda assim, o comportamento suicida é um problema de saúde pública muito comum. O comportamento suicida ocorre em homens e mulheres de todas as idades, raças, crenças, níveis socioeconômicos e acadêmicos, e orientações sexuais. Não existe um perfil típico do suicida.   

                   As pesquisas são claras, e apontam que a taxa de suicídio entre homens no Brasil pode chegar a ser três ou quatro vezes maior que das mulheres, dependendo da região e de outros fatores. Isso faz com que, do total de mortes registradas por suicídios, cerca de 75% seja de homens.

               As tentativas de suicídio são maiores em mulheres, contudo os homens escolhem métodos mais violentos e letais para suas tentantivas, diminuindo as chances de se salvarem.  Além disso, evitam buscar ajuda, seja de psicólogos ou psiquiatras. Estima-se que mulheres costumam se recuperar psicologicamente mais rápido do que os homens, pois buscam ajuda de familiares e amigos. 
 
            Ainda existe o tabu de que os homens tem que ser fortes e evitar demonstrar emoções que indiquem sensibilidade. A busca por ajuda pode ser vista como inabilidade de lidar com seus próprios problemas e sua vida. Isso cria uma contradição com a norma social sobre como homens devem ser, sobre como homens devem agir ou se portar socialmente. Os homens também são vítimas do  conceito de masculinidade. Precisa seguir um padrão que já é previamente estabelecido, criando expectativas estritamente iguais em seres humanos completamente diferentes e individualmente complexos demais para serem enquadrados em qualquer tipo de padrão social. É impossível dizer que isso, por si só, é o que gera a superioridade numérica de suicídios nos homens, pois, como já vimos, o problema é complexo, e também é preciso levar o fator bioquímico em consideração. De qualquer forma, é válida a reflexão e a análise, já que especialistas no tema estão chegando a essas conclusões.


        Estima-se que expectativa de vida de pessoas que cometem tentativa de suicídio é significativamente menor. A maior parte dessa redução na expectava de vida parece resultar de distúrbios físicos em vez do suicídio consumado que ocorre posteriormente. Aproximadamente uma em cada seis pessoas que cometem suicídio deixam um bilhete que, às vezes, dá pistas para as razões para essa atitude.

Os comportamentos suicidas geralmente resultam da interação de vários fatores.



Alguns fatores de risco para o suicídio, segundo o DSM (V):

  • Ser do sexo masculino

  • Dor crônica ou doença incapacitante

  • Ser solitário

  • Crises econômicas ou dívidas

  • Luto ou perda

  • Humilhação ou desonra

  • Comportamento agressivo ou impulsivo

  • Depressão, especialmente quando acompanhada por ansiedade

  • Internação hospitalar recente devido a depressão

  • A maioria dos outros transtornos mentais, como transtornos de personalidade

  • Histórico de abuso de drogas ou álcool

  • Histórico de tentativas prévias de suicídio

  • Histórico de suicídio ou transtornos mentais na família

  • Experiências traumáticas na infância, incluindo abuso físico ou sexual

  • Planos suicidas bem definidos

            A escolha do método normalmente é influenciada por fatores culturais e pelos meios disponíveis para cometer suicídio. Ele pode ou não refletir a seriedade da intenção. Alguns métodos (por exemplo, saltar de um edifício alto) implicam que seja praticamente impossível sobreviver, ao passo que outros métodos (como a superdosagem de medicamentos) deixam em aberto a possibilidade de socorro. Contudo, mesmo que uma pessoa utilize um método que não seja fatal, a intenção pode ter sido tão séria quanto a de uma pessoa que utilizou um método fatal.

Mais frequentemente, as tentativas de suicídio envolvem superdosagem de medicamentos e autoenvenenamento. Métodos violentos, como disparo de armas ou enforcamento, são pouco comuns nas tentativas de suicídio, pois normalmente resultam em morte.

A maioria dos suicídios consumados envolve o uso de armas de fogo. Homens usam esse método com mais frequência que as mulheres. Outros métodos incluem enforcamento, envenenamento, pular de grande altura e cortar-se. Alguns métodos, como dirigir um carro para jogar-se de um despenhadeiro, pode colocar outras pessoas em perigo. O envenenamento é responsável por aproximadamente 30% dos suicídios consumados ao redor do mundo.

O suicídio assistido ou eutanásia é um tema polêmico e proibido na maior parte do mundo. O auxílio do médico na morte refere-se à assistência fornecida por médicos a pessoas que desejam terminar suas vidas, devido a uma condição médica geral, onde não há cura para a sua doença ou por ser um doente terminal. Isso é muito controverso, pois contraria o objetivo usual do médico, que é preservar a vida. No entanto, auxílio do médico para morrer é legal em alguns Estados dos EUA, na Suíça, Alemanha, Japão e Canadá. No restante dos países os médicos podem proporcionar um tratamento para minimizar o sofrimento físico e emocional, mas não podem acelerar a morte intencionalmente. 
 
Fontes:  Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Conselho Federal de Psicologia Conselho Federal de Psicologia, O suicídio e os desafios para a psicologia. Brasília: CFP. Acesso em 28 de outubro de 2015 em: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf.



 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Crianças e Menores de 18 anos Transmitem Covid -19? Estudos Recentes

Prezados leitores. Segue um resumo de alguns estudos clínicos sobre a transmissão do COVID-19 entre crianças e menores de 18 anos. 

A relação com o coronavírus e o público infantil ainda é bem incerta, já que as crianças e menores de 18 anos, representam apenas 2% das infecções acometidas pelo COVID-19, segundo pesquisas feitas na China, Itália e Estados Unidos.

Ainda há uma discussão se as crianças têm menos probabilidade do que os adultos de serem infectadas e espalharem o vírus. Alguns estudos dizem que as crianças estão em menor risco e não são responsáveis ​​pela maior parte da transmissão e os dados dão suporte à abertura de escolas, como foi no caso da Alemanha, Dinamarca, Austrália e França.

Já, outros estudos são contra o retorno das aulas presenciais. Eles defendem que a incidência de infecção em crianças é menor do que em adultos, em parte porque eles não foram tão expostos ao vírus, especialmente com muitas escolas fechadas, e também porque as crianças não estão sendo testadas com tanta frequência quanto os adultos, uma vez que tendem a apresentar sintomas leves ou inexistentes.

Cientistas chegaram a analisar em estudos, dados de duas cidades da China, Wuhan e Xangai e descobriram que as crianças eram cerca de um terço mais suscetíveis à infecção por coronavírus do que os adultos. Mas, quando as escolas foram abertas, descobriram também que elas tinham cerca de três vezes mais contatos que os adultos e três vezes mais oportunidades de serem infectadas. Com base nesses dados, os pesquisadores estimaram que o fechamento de escolas não é suficiente por si só para interromper um surto, mas pode reduzir o aumento em cerca de 40 a 60% e retardar o curso da epidemia.

Outro estudo feito na Holanda, realizado pelo próprio governo holandês, concluiu que pacientes com menos de 20 anos desempenham um papel muito menor na disseminação do que adultos e idosos.

As crianças tendem a lidar melhor com a COVID-19 do que os adultos. Acredita-se que elas apresentam sintomas mais leves, porque que os pulmões delas podem conter menos receptores ACE-2 maduros, proteínas que o vírus SARS-CoV-2 usa para entrar nas células. Mas para confirmar isso, os pesquisadores precisariam estudar amostras de tecidos de crianças, que são muito difíceis de obter.
Outros estudos sugerem que as crianças são expostas mais rotineiramente a outros coronavírus, como aqueles que causam o resfriado comum, que os protege de doenças graves, com uma boa resposta imune, forte o suficiente para combater o vírus, mas não tão forte que cause grandes danos aos seus órgãos. 


O relatório recente feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). (Relatório da Missão Conjunta OMS-China sobre Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19) fornece uma visão geral da investigação de todos os casos COVID-19 nas escolas de New South Wales (NSW) de março a meados de abril de 2020,  sendo que 18 indivíduos (9 alunos e 9 funcionários) de 15 escolas foram confirmados com COVID-19; e tiveram a oportunidade de transmitir o vírus para outros em suas escolas. 735 estudantes e 128 funcionários foram os contatos próximos desses 18 casos iniciais. Nenhum professor ou membro da equipe contraiu o COVID-19 na escola. A equipe de saúde pública identificou 863 contatos nessas 15 escolas. Apenas dois estudantes foram identificados como casos secundários.O acompanhamento detalhado, incluindo testes adicionais para a presença do vírus e para anticorpo ocorreu em uma grande proporção. Essa investigação não encontrou evidências de crianças infectando professores. Um caso secundário (na criança do ensino médio) presume-se que tenha sido infectado após contato próximo com 2 casos de alunos. O outro caso secundário presume-se que tenha sido infectado por um membro da equipe (professor) que foi um caso. É notável que metade dos casos iniciais que ocorreram nas escolas estavam no quadro de funcionários. Isso é consistente com a maior taxa de COVID-19 visto em adultos do que em crianças. Isso reforça que o certo é não frequentar a escola quando estiver doente, fazer isolamento e procurar atendimento médico. As conclusões desta investigação detalhada são preliminares. No entanto, eles sugerem que a disseminação do COVID-19 nas escolas de NSW tem sido muito limitada.  O que é certo, é que o fechamento prolongado da escola pode ter resultados negativos e consequências para a comunidade e para as crianças.

Globalmente, o controle do COVID-19 (causado pelo vírus SARS-CoV-2) tem sido focado em medidas de saúde pública, incluindo melhorar a higiene e garantir o distanciamento social. A estratégia de fechar escolas em todo o mundo foi previamente recomendada para controlar as pandemias de influenza porque sabemos que é provável que as crianças com gripe se espalhem e fiquem doentes. No entanto, o COVID-19 parece ser uma infecção menos comum em crianças do que a gripe e em estudos realizados no exterior, muitos dos
 crianças infectadas apresentaram apenas sintomas leves. Foi sugerido 
que as crianças também têm menos probabilidade de espalhar o vírus.  Quanto ao potencial de transmissão de crianças para adultos, ainda não há, cientificamente, um consenso. Apenas evidências clínicas. 
 
O certo é que todos os especialistas concordam que os governos deveriam manter discussões sobre como será a reabertura de escolas. De acordo com experiências de outros países que retornaram, sugere-se que:
  • Os alunos podem se programar para ir à escola em dias diferentes (rodízio de alunos) para reduzir o número de pessoas no local ao mesmo tempo, por exemplo; mesas poderiam ser colocadas a um metro e meio da outra, e as escolas poderiam evitar que os alunos se reunissem em grandes grupos. 
  • Os professores com fatores de risco  devem optar por sair da sala de aula e receber cargos alternativos fora desse ambiente.
Fontes: The New York Times, Nature, Science,e Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório da Missão Conjunta OMS-China sobre Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19). 16-24 Fevereiro de 2020. https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/who-china-joint-mission-on-covid-19-final-report.pdf

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